O
Conselho Pastoral Paroquial da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
reuniu-se no sábado (03), para discutir sobre a missão da Igreja, quem é a
Igreja, a hierarquia da Igreja e o papel das conferências episcopais. Todos os
coordenadores de pastorais e de comunidades debateram os temas que foram
apresentados pelo pároco da Igreja, padre Marco Antônio e pelos padres José
Jômer e Miguel Wetternick, no salão da paróquia, das 14 às 17h30.
A
reunião foi aberta com uma oração conduzida pelo padre Miguel Wetternick. Em
seguida, o pároco Marco Antônio e o padre Jômer fizeram uma apresentação por
Power Point dos temas propostos. Qual é a missão da Igreja? foi o primeiro tema
abordado.
“A
evangelização é parte constitutiva da missão da Igreja. Não basta só missa,
festa e comida. Em poucos anos o mundo se transformou e nós, para caminharmos
com o mundo, precisamos nos atualizar. Saber usar as tecnologias, todos os
meios que o progresso humano inventar para podermos comunicar a Boa Nova do
Evangelho”, disse o pároco Marco Antonio.
Segundo
ele, “para ser Igreja a gente precisa exercer nosso ser no mundo. Se não
participa, a gente está deixando de ser. Igreja é organismo vivo. Não sobrevive
sem organização”, resumiu. Conforme o pároco, o Papa Francisco convocou toda a
Igreja a “avançar no caminho da conversão pastoral e missionária, a não deixar
as coisas como estão e a se constituir em estado permanente de missão”.
Quem
decide na Igreja? Este foi outro tema abordado na reunião. O funcionamento da
Igreja Católica prevê a existência de três poderes: o de ensinar, o de
santificar e o de governar. O poder de ensinar é visto como o mais importante
nessa estrutura. Na esfera de santificação são aplicados os sete sacramentos:
batismo, crisma, eucaristia, unção dos enfermos, reconciliação ou penitência, matrimônio
e ordem. A esfera de governo está ligada diretamente ao sacramento da ordem.
A
ordem hierárquica é a seguinte: Papa, conclave dos cardeais, bispos, padres,
diáconos, ministros e o povo de Deus. O Papa é a suprema autoridade-Igreja
Universal, o bispo, a diocese-Igreja local, o pároco, administrador de uma
parte da Igreja, os padres cuidam e zelam pelas ações pastorais.
O
padre Miguel Wetternick fez uma apresentação sobre o papel das conferências
episcopais que, segundo ele, tem uma missão muito clara e importante que é a de
ajudar os bispos a pulverizar em suas dioceses os ensinamentos da Igreja
Universal. O Brasil é formado por 17 regiões episcopais. Mato Grosso faz parte
da Regional Oeste 2 e a Arquidiocese de Cuiabá é formada por sete municípios. A
diocese mais antiga de uma região eclesiástica, que é a circuncisão
eclesiástica dirigida pelo bispo, se transforma em Arquidiocese, como ocorreu
com Cuiabá, que coordena uma região metropolitana.
Padre
Miguel destacou a importância das congregações religiosas na ação da Igreja. A
Companhia de Jesus, formada pelos jesuítas, por exemplo, foi fundada por Santo
Inácio de Loyola e nasceu voltada para a missão. É considerada a Ordem
Religiosa que mais se expandiu pelo Brasil. “Os jesuítas foram, ao longo dos anos,
atualizando o seu carisma a serviço da fé”, disse o padre Miguel Wertternick.
Conforme
o pároco Marco Antônio, a maior contribuição dos jesuítas a serviço da fé e na
promoção da justiça, é o discernimento através da espiritualidade. “Aprender a
discernir nos leva mais próximo de Deus. Para discernir é preciso rezar”,
completou.