Ainda estava escuro quando mais de dois
mil fiéis se acomodaram em cadeiras, calçadas e escadarias para acompanharem a
celebração do segundo dia do Tríduo da Festa de São Benedito de 2017. A Santa
Missa, às 5 horas da madrugada, desta sexta-feira (30), foi celebrada pelo
padre Miguel Weteternick e co-celebrada pelo pároco da Paróquia do Rosário e
São Benedito, padre Marco Antonio, e pelo padre José Jômer.
A senhora Maria José Dias Pereira, de 84 anos, já perdeu a conta de quantas vezes pediu uma graça a São Bendito. “Tudo que peço para ele, sou atendida e espero continuar sendo”, diz olhando por céu. Ela ainda comenta que é devota deste pequena, mas que não vai muito as missas, contudo faz diariamente suas orações em casa. “Por isso, na festa faço questão de estar presente. Tenho muita fé em São Benedito e até batizei um dos meus filho, que hoje tem 60 anos, com o seu nome”.
Só mesmo a fé e devoção que muitos têm
por este santo negro e humilde, explica o que leva pessoas de diferentes idades
acordarem antes das 4h da manhã e se reunirem em torno de São Benedito. As
histórias de promessas feitas e das graças recebidas são inúmeras e a maioria
dos fiéis faz questão de contar porque está alí, pois entende que assim estará
propagando a crença no “santo dos pobres”, como é carinhosamente chamado.
A senhora Maria José Dias Pereira, de 84 anos, já perdeu a conta de quantas vezes pediu uma graça a São Bendito. “Tudo que peço para ele, sou atendida e espero continuar sendo”, diz olhando por céu. Ela ainda comenta que é devota deste pequena, mas que não vai muito as missas, contudo faz diariamente suas orações em casa. “Por isso, na festa faço questão de estar presente. Tenho muita fé em São Benedito e até batizei um dos meus filho, que hoje tem 60 anos, com o seu nome”.
Fé que faz a jovem de 32 anos, Joana
Leite de Oliveira, mesmo grávida, assistir a missa e falar com grande amor
sobre São Benedito. Segundo ela, a sua presença na missa é para agradecer por
uma graça recebida. “Acredito tanto no seu poder de intercessão, que este ano
vou pagar uma promessa durante a procissão de domingo. Pedi a São Benedito para
eu engravidar e, caso ocorresse, eu iria descalça acompanhar a procissão. Com
fé nele conseguirei cumprir”, disse.
“A São Benedito só tenho a agradecer.
Ele sempre me atendeu. Nunca falhou comigo, por isso faço questão de assistir
às missas da sua Festa”, ressaltou Estevina da Silva. Conforme a devota,
durante o ano é muito difícil participar das missas de terças-feiras, às 5
horas da madrugada, por falta de ônibus no meu bairro. Ela completa falando que
“qualquer sacrifício por São Benedito é válido, pois ele não nos abandona”.
Amanhã, dia 1º de julho, a Festa de São
Benedito também começa com missa às 5 horas da manhã. À noite, após às 18
horas, acontece a feira gastronômica, com barracas comandadas pela comunidade e
famílias devotas, bem como apresentações artísticas e culturais.
Já no domingo (02), mais uma celebração
religiosa é realizada às 5 horas da madrugada. Ao meio-dia, os festeiros
promovem um almoço com comidas típicas e o ponto alto está marcado para começar
a partir das 17 horas, quando aproximadamente 50 mil fiéis são esperados para a
procissão.
Na procissão, os participantes sairão
da igreja e percorrerão um trecho da Avenida Historiador Rubens de Mendonça
(até o Hospital Amecor), com retorno à Paróquia do Rosário e São Benedito, onde
estão previstas ainda apresentações culturais, shows e feira gastronômica.
Um pouco da história - Os primeiros registros da Festa
de São Benedito remontam à formação do núcleo urbano da Capital, então Vila
Real de Bom Jesus de Cuiabá que, mais tarde, daria origem à Cuiabá. Em 1722, a
festa era realizada em uma capela de pau a pique, onde hoje é a Praça da
Mandioca, no centro histórico, organizada pela Irmandade de Nossa Senhora do
Rosário dos Pretos e São Benedito.
Em 1823, essa irmandade pediu
autorização a Dom Pedro I para o culto a São Benedito e essa pode ser, segundo
historiadores, a provável data da construção da capela na lateral da Igreja de
Nossa Senhora do Rosário.
