terça-feira, 27 de junho de 2017

Missa, chá com bolo e levantamento do mastro abrem a Festa de São Benedito/2017

A abertura da festa tradicional de São Benedito ocorreu na madrugada desta terça-feira (27), na Paróquia do Rosário e São Benedito, em Cuiabá, com Santa Missa, às 5 horas da manhã, levantamento do mastro da bandeira do santo, que é considerado símbolo oficial do evento, além do tradicional chá com bolo, servido para todos os fiéis.
O pároco da Paróquia do Rosário, padre Marco Antonio, juntamente com os padres Miguel Wetternick e Jomer, comandaram a celebração e solenidade de levantamento do mastro. A programação da festa de São Benedito 2017, prossegue até o próximo domingo (02), com missas na madrugada, procissão, apresentações culturais, shows e uma feira gastronômica com pratos da região.
A exemplo de anos anteriores, a festa tem o seu ponto alto no domingo (02), considerado o dia mais importante.

 Neste dia, após a missa das 5h também será servido o tradicional chá com bolo. Ao meio-dia os festeiros promovem um almoço com comidas típicas. E o momento mais esperado é a tradicional procissão dos devotos pelas ruas da capital, prevista para começar às 17h. Depois, às 19h os cuiabanos podem assistir ao encerramento da festa, marcada por shows artísticos e feira gastronômica.
Celebrar São Benedito é para o povo cuiabano, orgulho de sua religiosidade, expressão de crença e fé, que congrega os povos e fomenta a paz, inspirado no ideal de aproximação e confraternização. Festejar São Benedito é uma necessidade que alimenta a alma, revive o passado e mantém viva nossa memória.


De quinta-feira (29) a domingo (2 de julho), além das missas, ocorre a grande festa, sempre a partir das 18 horas. No domingo, a comemoração também é realizada às 11 horas, com almoço, e a partir das 17 horas, acontece a procissão. 

Na quinta-feira (29), a programação terá a apresentação da banda mato-grossense Scort Som e da dupla sertaneja Denner e Douglas.

 Na sexta-feira (30), às 19h30, o show cultural começa com apresentação do espetáculo de dança “São Benedito – Flor de Laranjeira”, pelo Ballet Caroline. A partir das 20h15, o show fica por conta de Nei Aroeira e Grupo Carapulsa. A programação do dia será finalizada com a dupla sertaneja Johnatan e Adan.

No sábado (01), a partir das 18 horas, será a vez do “rei do rasqueado”, o cantor e compositor cuiabano Roberto Lucialdo, dar o seu recado na festa de São Benedito. A programação prossegue com o grupo de siriri Flor Atalaia, samba – as bossas e as novas, e a dupla Júnior e Nando.
 Domingo (02), a agenda cultural terá muito rasqueado cuiabano e como não poderia ser diferente, a programação musical começa às 19h30 com o trio Pescuma, Henrique e Claudinho e será encerrada com o cantor e compositor João Eloy e convidados.

HISTÓRIA - Os primeiros registros da Festa de São Benedito remontam à formação do núcleo urbano da então vila que, mais tarde, daria origem a Cuiabá. Em 1722, a festa já era realizada em uma capela de pau a pique, onde hoje é a Praça da mandioca no centro histórico de Cuiabá, organizada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito. 
Em 1823, essa irmandade pediu autorização a Dom Pedro I para o culto a São Benedito, e essa pode ser a provável data da construção da capela na lateral da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

MILAGRES - O caso mais extraordinário acontecido durante o tempo em que Frei Benedito governou o convento,foi uma multiplicação de pães. É um fato onde se vê claramente a presença de Cristo na pessoa de Benedito, acudindo os pobres e famintos.

Apesar de o convento também viver de esmolas, a ordem do Guardião ao irmão porteiro era clara: nenhum pobre sem atendimento. Nenhum mendigo despachado sem uma ajuda. Assim queria Benedito que se vivesse o preceito de Jesus: "Dêem de graça o que de graça receberam". 
Certa vez, ao distribuir pão aos pobres, o porteiro, Irmão Vito da Girgenti, percebeu que a fila ainda era grande, e que na cesta restavam apenas poucos pães, que davam exatamente para os membros do convento. Encerrou, então, a distribuição e despachou o resto dos pobres. O fato chegou ao conhecimento do Guardião, que intimou o bom porteiro a correr e chamar de volta os pobres que ficaram sem pão.

- "Dê aos pobres tudo o que estiver na cesta, disse Benedito, que a Providência divina achará um meio de socorrer-nos". 
Os pães, naquele tempo, geralmente eram feitos em casa. Não havia essa facilidade que temos hoje de correr a uma padaria na esquina. Aqueles pães doados aos pobres eram, então, os últimos, até o cozinheiro ou padeiro do convento fazer mais. Por isso o irmão porteiro ficou meio espantado com a ordem recebida, mas obedeceu. 
Chamou os pobres e pôs-se a distribuir-lhes os pães restantes. Foi aí que percebeu que alguma coisa de extraordinário estava acontecendo ali. O pão da cesta não se acabava; quanto mais ele tirava, mais aparecia.

Foi uma nova multiplicação de pães, como aquela de Jesus no deserto. Espanto e alegria encheram o coração do porteiro. Terminada a distribuição, outra maravilha; na cesta ficaram exatamente aqueles pães que ele havia reservado para a comunidade. Nenhum a mais nem a menos.