A abertura da festa tradicional de São Benedito
ocorreu na madrugada desta terça-feira (27), na Paróquia do Rosário e São
Benedito, em Cuiabá, com Santa Missa, às 5 horas da manhã, levantamento do
mastro da bandeira do santo, que é considerado símbolo oficial do evento, além
do tradicional chá com bolo, servido para todos os fiéis.
O pároco da Paróquia do Rosário, padre Marco
Antonio, juntamente com os padres Miguel Wetternick e Jomer, comandaram a
celebração e solenidade de levantamento do mastro. A programação da festa de
São Benedito 2017, prossegue até o próximo domingo (02), com missas na
madrugada, procissão, apresentações culturais, shows e uma feira gastronômica
com pratos da região.
A exemplo de anos anteriores, a festa tem o seu ponto alto no domingo
(02), considerado o dia mais importante.
Neste dia, após a missa das 5h também será servido o tradicional chá com bolo. Ao meio-dia os festeiros promovem um almoço com comidas típicas. E o momento mais esperado é a tradicional procissão dos devotos pelas ruas da capital, prevista para começar às 17h. Depois, às 19h os cuiabanos podem assistir ao encerramento da festa, marcada por shows artísticos e feira gastronômica.
Neste dia, após a missa das 5h também será servido o tradicional chá com bolo. Ao meio-dia os festeiros promovem um almoço com comidas típicas. E o momento mais esperado é a tradicional procissão dos devotos pelas ruas da capital, prevista para começar às 17h. Depois, às 19h os cuiabanos podem assistir ao encerramento da festa, marcada por shows artísticos e feira gastronômica.
Celebrar São Benedito é para o povo cuiabano, orgulho de sua
religiosidade, expressão de crença e fé, que congrega os povos e fomenta a paz,
inspirado no ideal de aproximação e confraternização. Festejar São Benedito é
uma necessidade que alimenta a alma, revive o passado e mantém viva nossa
memória.
De quinta-feira (29) a domingo (2 de julho), além
das missas, ocorre a grande festa, sempre a partir das 18 horas. No domingo, a
comemoração também é realizada às 11 horas, com almoço, e a partir das 17
horas, acontece a procissão.
Na
quinta-feira (29), a
programação terá a apresentação da banda mato-grossense Scort Som e da
dupla sertaneja Denner e Douglas.
Na
sexta-feira (30), às
19h30, o show cultural começa com apresentação do espetáculo de dança “São
Benedito – Flor de Laranjeira”, pelo Ballet Caroline. A partir das 20h15, o
show fica por conta de Nei Aroeira e Grupo Carapulsa. A programação do dia será
finalizada com a dupla sertaneja Johnatan e Adan.
No sábado
(01), a partir das 18 horas, será a vez do “rei do rasqueado”, o cantor e
compositor cuiabano Roberto Lucialdo, dar o seu recado na festa de São
Benedito. A programação prossegue com o grupo de siriri Flor Atalaia, samba –
as bossas e as novas, e a dupla Júnior e Nando.
Domingo
(02), a agenda cultural terá muito rasqueado cuiabano e como não poderia ser
diferente, a programação musical começa às 19h30 com o trio Pescuma, Henrique e
Claudinho e será encerrada com o cantor e compositor João Eloy e convidados.
HISTÓRIA - Os primeiros registros da Festa de São Benedito remontam à
formação do núcleo urbano da então vila que, mais tarde, daria origem a Cuiabá.
Em 1722, a festa já era realizada em uma capela de pau a pique, onde hoje é a
Praça da mandioca no centro histórico de Cuiabá, organizada pela Irmandade de
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito.
Em 1823, essa irmandade pediu autorização a Dom Pedro I para o culto a
São Benedito, e essa pode ser a provável data da construção da capela na
lateral da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
MILAGRES - O caso mais extraordinário acontecido durante o tempo em que Frei Benedito governou o convento,foi uma multiplicação de pães. É um fato onde se vê claramente a presença de Cristo na pessoa de Benedito, acudindo os pobres e famintos.
Apesar de o convento também viver de esmolas, a ordem do Guardião ao irmão porteiro era clara: nenhum pobre sem atendimento. Nenhum mendigo despachado sem uma ajuda. Assim queria Benedito que se vivesse o preceito de Jesus: "Dêem de graça o que de graça receberam".
Certa vez, ao distribuir pão aos pobres, o porteiro, Irmão Vito da
Girgenti, percebeu que a fila ainda era grande, e que na cesta restavam apenas
poucos pães, que davam exatamente para os membros do convento. Encerrou, então,
a distribuição e despachou o resto dos pobres. O fato chegou ao conhecimento do
Guardião, que intimou o bom porteiro a correr e chamar de volta os pobres que
ficaram sem pão.
- "Dê aos pobres tudo o que estiver na cesta, disse Benedito, que a Providência divina achará um meio de socorrer-nos".
- "Dê aos pobres tudo o que estiver na cesta, disse Benedito, que a Providência divina achará um meio de socorrer-nos".
Os pães, naquele tempo, geralmente eram feitos em casa. Não havia essa
facilidade que temos hoje de correr a uma padaria na esquina. Aqueles pães
doados aos pobres eram, então, os últimos, até o cozinheiro ou padeiro do
convento fazer mais. Por isso o irmão porteiro ficou meio espantado com a ordem
recebida, mas obedeceu.
Chamou os pobres e pôs-se a distribuir-lhes os pães restantes. Foi aí
que percebeu que alguma coisa de extraordinário estava acontecendo ali. O pão
da cesta não se acabava; quanto mais ele tirava, mais aparecia.
Foi uma nova multiplicação de pães, como aquela de Jesus no deserto.
Espanto e alegria encheram o coração do porteiro. Terminada a distribuição,
outra maravilha; na cesta ficaram exatamente aqueles pães que ele havia
reservado para a comunidade. Nenhum a mais nem a menos.